segunda-feira, novembro 19, 2007

Caça à baleia volta ao Japão após 44 anos de proibição

in Destak - 19 de Novembro de 2007

"A proibição de caça à baleia, que durava há 44 anos no Japão, foi levantada. O país enviou uma frota constituída por quatro baleeiros ao Pacífico Sul com o objectivo de, até Abril de 2008, pescar cerca de mil cetáceos. Os argumentos para a caça, que está proibida para fins comerciais, é a investigação cientifica. Os principais animais visados são as baleias anãs e baleias de bossa, espécie protegida que já esteve, aliás, em vias de extinsão."

Chiça!!! 1000 baleias!?!?!? Para experiências cientificas? Vai dar para muitas experiências... mas, claro. Não vai chegar para a experiência mais importante de todas... Tentar perceber porque motivo os humanos são umas bestas!!!

quarta-feira, setembro 26, 2007

Mais um sobre Chico-Espertice Portuguesa

"Eduardo Prado Coelho

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi o Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós, como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o Euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia, é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos outros.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais nunca poderão ser vendidos como noutros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS OUTROS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos escolares dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar, ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde as pessoas se queixam de que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e onde não há consciência, nem memória política, histórica, ou económica.

Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer nenhum exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, ficam de pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não ter que dar-lhes o lugar. Um país, no qual a prioridade de passagem é para o carro, e não para o peão.

Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas onde estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje de manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" dum país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje mesmo, o próximo que lhe suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós próprios. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que haja quem possa fazer melhor, mas enquanto alguém não assinalar um caminho destinado a erradicar, primeiro, os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Não serviu Santana, não serviu Guterres, não serviu Cavaco, não serve Sócrates, nem servirá o que vier a seguir... Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei pela força e por meio do terror? Aqui, faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não começar a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados ou como quiserem, continuaremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos a acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante, com os mesmos portugueses, nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que nos anda a acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e somos francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, mas sim para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU CERTO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR AO ESPELHO."

quarta-feira, junho 27, 2007

Microsoft provoca prejuízo de milhões a milhares de empresas

Até parece um título da TVI. Não é! Nenhum meio de comunicação social teria coragem para publicar um título destes. Mas é verdade. Senão vejamos.

Isto é como deveria aparecer o site da minha empresa num programa de navegação web (vulgo browser):



Mas no Internet Explorer 6 (IE6) aparece assim:



Claro que depois a culpa é do programador web. A minha sócia e excelente programadora web consegue sempre resolver os problemas de compatibilidade entre os browsers que respeitam os standards e os outros de segunda classe.

Mas agora, e voltando ao título deste blog, pergunto?

Quantas horas de trabalho técnico, em todo o mundo, em todas as empresas de produção de conteúdo web foram desperdiçadas a resolver estes problemas de compatibilidade, por causa de uma empresa que decidiu, para chatear, que não ia aderir aos standards definidos?

São standards ou não são!?

Milhões de horas que equivalem a ziliões em prejuízo para todas estas empresas...

quarta-feira, junho 20, 2007

"How NOT to use Powerpoint"

O título deste filme deveria ser "How NOT to build presentations".

Estamos a confundir as tarefas que se podem efectuar com um computador com os nomes de determinadas aplicações. Por exemplo:

Não dizemos "Criar um documento de texto", dizemos "criar um documento no Word".
Não dizemos "Criar uma folha de cálculo", dizemos "criar um documento no Excel".
Não dizemos "Criar uma apresentação", dizemos "Fazer um Powerpoint" !?

Contudo, neste caso, se o título fosse:

"How NOT to use Impress" (OpenOffice, múltiplas plataformas)
ou
"How NOT to use Keynote" (Max OS)

poucas pessoas iriam perceber qual era o assunto.

O filme é bastante engraçado. Foca erros frequentes de um grande número de apresentações e aplica-se a qualquer aplicação de criação de apresentações.

Video

sábado, junho 09, 2007

O mercado tem de se auto regular...

Segundo este blog a Microsoft voltou a fazer das suas. :) Desta vez assinou um contrato com o estado Português para certificar todos os cidadãos portugueses com o certificado "Curriculum Microsoft Literacia Digital". Certo! É já a seguir. (Já estou na fila...)

Até aqui parece que ninguém se importa muito, o problema começa quando se verifica que os cidadãos podem ser certificados "à borla" desde que "hipotequem" a sua liberdade e utilizem obrigatoriamente um determinado navegador. ;) Perceberam?

(Se não funciona com Firefox em Linux, acho que não vou poder ter esse certificado. Vou ter de me contentar com o grau de mestre. :()

E desta vez, para variar, não vou descascar na Microsoft. Esta empresa está a fazer o que qualquer empresa dona de um monopólio faria. Esta a trabalhar para o manter. E dito isto, avencemos... reparem que eu não disse que isso é uma coisa boa para nós, simples mortais consumidores.

Desta vez vou cascar no nosso governo. Provavelmente não se lembram mas, as tecnologias de informação foram discutidas em sessão parlamentar recentemente. Um dos pontos da agenda era a discussão sobre software livre. Para não variar, e não fôssemos nós um país de brandos costumes, a direita ainda não percebeu o que isso é. Software grátis não pode ser grande coisa. Certo? Afinal, ninguém dá nada a ninguém. A esquerda sabe muito bem o que é software livre, o que não abona muito a favor deste tipo de software. A conotação com uma ideologia politica em que os seus membros comem criancinhas ao pequeno almoço não é grande vantagem. Como se não fosse possível ganhar dinheiro graças a este tipo de software (Hello!? Redhat, IBM, SUN... dahh). O centro... bem o centro não me lembro... que continuem a bronzear os seus politicos. Ao menos ficam mais bonitos nas fotografias.

O que chateia neste governo é a tendência assumida que têm com tudo o que se relacione com a Microsoft. Nesta sessão parlamentar o bloco de esquerda defendia uma maior utilização de software livre dentro das instituições públicas. O governo respondeu com uma seca afirmação:

"O governo Português não deve interferir.
O mercado tem de se auto regular."

E eis mais uma afirmação que eu deixei, na altura, passar em branco. Não tenho tempo para comentar todas as idiotices que são feitas neste país. Mas desta vez tenho de dizer qualquer coisa. Ou seja, por um lado o governo afirma que deve deixar o mercado auto regular-se, por outro lado baixa as calcinhas aos lobbys das grandes empresas e faz destas merdas. É demais!!!

Senhores deputados, os governos de todo o mundo já perceberam as vantagens competitivas da utilização de software livre. Nós, para não variar, dependendo de vocês, vamos ser os últimos...

Mas tenho uma novidade para vocês, senhores deputados. O software livre já é muito utilizado nas instituições públicas. Vocês é que não sabem ;)

Acordem!!!

quinta-feira, maio 31, 2007

Ao fundo com a Inglaterra...

Achei piada ao "formato" do texto :)

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"Tenho-me mantido calado em relação ao desaparecimento ou rapto da menina inglesa, porque acho que há gente a mais a dizer alarvidades sobre o assunto. Tenho-me abstido de manifestar a minha repugnância pelo procedimento asqueroso da imprensa inglesa em relação à actuação da polícia portuguesa, porque acho que vozes de burro não chegam ao céu. Tenho optado por não manifestar o meu desacordo pelas conferências de imprensa que a PJ dá em inglês, num abjecto acto de subserviência em relação a esta classe de gente (e gente não é, certamente, que gente não procede assim), porque reconheço que do alto da sua arrogância, apenas têm contribuído para revelar ao Mundo a mentalidade de merda que existe por dentro daquelas cabecinhas loiras.

Agora o que não vou engolir é que um filho de puta inglês, que se diz ser o arquitecto da casa onde mora o principal suspeito, que reside em Portugal há cerca de trinta anos e não fala uma palavra de português, tenha o descaramento de criticar a GNR porque, segundo afirma o cretino, tentou dar informações pelo telefone e foi atendido por um agente que não falava inglês. Pior ainda, disse a besta com todo o ar de desdém que lhe coube naquelas fuças de porco inglês, foi quando, algumas horas depois voltou a telefonar e quem o atendeu sabia apenas algumas palavras da língua de sua majestade, a rainha da casa da maior pouca vergonha a que o Mundo assistiu nos últimos anos.

Estes ingleses não se mancam, mesmo.

Estes ingleses merdosos, que já no tempo da guerra afirmavam que a Europa estava completamente isolada pelo nevoeiro, estes ilhéus provincianos que em pleno século XXI continuam a conduzir fora de mão e a alimentar uma realeza de putaria, estes negreiros sem vergonha que espalharam e deixaram escravatura e racismo pelos quatro cantos do Mundo, estes arruaceiros de merda que espalham o terror pelos campos de futebol da Europa, têm o topete de viver trinta anos num país que lhes oferece um sol radioso, como eles nunca imaginaram existir, sem se darem ao trabalho de aprender uma palavra da nossa língua, ainda têm tempo de antena num canal de televisão nacional para falarem mal de nós?

Mas afinal que trampa de república de bananas é esta, que beija a mão a quem nunca respeitou um aliado, que parece ter esquecido o célebre mapa cor-de-rosa, com que nos roubaram metade de África, e fica impávida e serena, a ouvir os desabafos destes alarves, sem ao menos um protesto oficial.

Por onde é que anda o "gasolineiro" de Boliqueime quando a honra do país necessita ser defendida?

Onde é que está o "inginheiro" feito à pressa, sempre tão lesto a acariciar os "tomates" aos amigos trabalhistas?

Já não resta nem um pouco do orgulho nacional?

Depois admiram-se que meia dúzia de gatos-pingados, apreciadores de concursos televisivos, reabilitadores de apresentadeiras escorraçadas da política, façam do maior ditador do século vinte, o maior português de sempre.

Ao fundo com a Inglaterra e puta que pariu os ingleses!"

Anónimo